23 de outubro de 2009

Animes Informaçoes





O que é anime?

Anime (Japonês: アニメ; às vezes escrito Animé ou Animê) é o nome dado à animação japonesa. A palavra Anime tem significados diferentes para os japoneses e para os ocidentais. Para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão.

A palavra anime deve ser lida como oxítona. Essa confusão deve-se ao facto da língua japonesa não possuir diferenciação entre paroxítonas e oxítonas, causando uma dificuldade na tradução para o português. A pronunciação mais usada, e que os próprios japoneses usam, é A-ni-mei. Uma contracção da apropriação pela língua japonesa da palavra inglesa Animation.

Como surgiu?

Com a ocupação americana no fim da segunda guerra mundial, muitos artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e influenciado pela cultura pop americana, desenhistas em início de carreira começaram a conhecer os quadrinhos e desenhos animados na sua forma moderna. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.

Entre os principais artistas que se envolveram com a arte americana, estavam Osamu Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três mais tarde foram consagrados no mercado de mangá. Na década de 1950, influenciados pela mídia que vinha do ocidente, diversos artistas e estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.

Os primeiros animes que fizeram sucesso foram Hyakujaden (A Lenda da Serpente Branca), que estreou em 22 de outubro de 1958, e foi produzido pela Toei. Manga Calendar foi o primeiro anime especialmente feito para televisão, exibido pela TBS e produzido pelo estúdio Otogi em 25 de junho de 1962, tendo duração de dois anos. Depois disso, outros animes de destaque foram Astro Boy, Oitavo Homem (Eight Man) e Super Dínamo (Paa Man), criados por Ozamu Tezuka. Tezuka é considerado o mestre do anime, e nestes primeiros títulos ele trouxe os traços mais característicos dos animes, os personagens de olhos grandes e cabelos espetados.

Gêneros

Há vários termos japoneses que definem gêneros tanto do anime como do mangá:

  • shoujo: japonês para "garota", são voltados para o público feminino.
  • shounen: japonês para "garoto", são voltados para o público masculino.
  • dijensei:mangás ou animês com guerreiras femininas para o público masculino e feminino.
  • seinen: voltados para homens, forma mais rara.
  • josei: voltados para mulheres, forma mais rara.
  • kodomo: japonês para "criança", são voltados para crianças menores.
  • mecha: animes caracterizados por robôs gigantes.
  • ecchi: japonês para "indecente". O nome origina-se da leitura da letra H em inglês. Contém humor sexual moderado.
  • hentai: japonês para "anormal" ou "pervertido", usado para descrever animes pornográficos. No entanto, no Japão os termos usados são Poruno ou Ero.

Os seguintes não são gêneros propriamente ditos, mas característica bastante presente em tais desenhos:

  • bishounen: japonês para "garoto bonito", termo geral que pode ser usado para descrever qualquer anime caracterizado por meninos e homens bonitos.
  • bishoujo: japonês para "garota bonita", termo geral que pode ser usado para descrever qualquer anime caracterizado por meninas e mulheres bonitas.

Outros gêneros paralelos aos ocidentais são: aventura, ação, ficção científica, comédia, desporto, drama, fantasia e romance. Há ainda temas que se repetem várias vezes: colegiais, demônios, artes marciais, magia, terror.

Otaku

Com o crescente sucesso dos animes surgiu uma comunidade de fãs, tanto no Japão quanto fora dele, que se tornaram conhecidos com otakus. O próprio termo é alvo de discussões, pois no Japão o verbete possui conotação pejorativa. Muitos dos espectadores de anime não se consideram otakus preferindo fugir do rótulo controverso.

O estilo dos animes já influencia a cultura ocidental e está presente também além destes. Por exemplo, a banda Daft Punk tem o filme Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem, que foi produzido por Leiji Matsumoto e Kazuhisa Takenôchi, animadores profissionais do Japão (que já fizeram desenhos como Digimon e Sailor Moon) e é feito inteiramente em traços orientais. O Linkin Park também já fez referências a clássicos da animação japonesa como Gundam, além de trazer elementos de anime em outros clipes animados. Madonna se arriscou na turnê Drowned World Tour e criou um bloco inteiro dedicado ao mundo oriental. Em uma das canções são mostrados alguns animes hentais nos telões do megashow de 2001 da popstar. A grife Cavalera já lançou uma coleção com alguns personagens clássicos, influências orientais e até mesmo citações de yaoi.

O que é mangá?

Mangá são as histórias em quadrinhos japonesas e o seu estilo próprio de desenho. No Japão designa quaisquer histórias em quadrinhos. Vários mangás dão origem a desenhos animados para exibição na televisão ou em vídeo, como Berserk, Samurai X e Inuyasha, tornando-se conhecidos como anime, mas também há animes que se tornam mangás, como é o caso de Cowboy Bebop.

Como e quando surgiu?

Os mangás têm suas raízes no período Nara com a aparição dos primeiros rolos de pintura japoneses: os emakimono. Eles associavam pinturas e textos que juntos contavam uma história à medida que eram desenrolados. O primeiro desses emakimono, o Ingá Kyô, é a cópia de uma obra chinesa e separa nitidamente o texto da pintura.

A partir da metade do século XII, surgem os primeiros emakimono com estilo japonês, do qual o Genji monogatari emaki é o representante mais antigo conservado, sendo o mais famoso o Chojugiga, atribuído ao bonzo Kakuyu Toba (1035-1140). O Chojugiga está guardado no templo de Kozangi em Kyoto. Nesses últimos surgem, diversas vezes, textos explicativos após longas cenas de pintura. Essa prevalência da imagem, assegurando sozinha a narração, é hoje uma das características mais importantes dos mangás.

No período Edo, em que os rolos são substituídos por livros, as estampas eram inicialmente destinadas à ilustração de romances e poesias, mas rapidamente surgem livros para ver em oposição aos livros para ler, antes do nascimento da estampa independente com uma única ilustração: o ukiyo-e no século XVI. É, aliás, Katsushika Hokusai (1760-1849) o precursor da estampa de paisagens, que, nomeando suas célebres caricaturas publicadas de 1814 a 1834 em Nagoya, cria a palavra mangá — significando "desenhos irresponsáveis".

Mangás no Brasil

O "boom" dos mangás no Brasil aconteceu por volta do ano 2000, com o lançamento dos títulos Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pela Editora Conrad (maior representante dos mangás no Brasil atualmente, junto da Editora JBC). Porém, esses não foram os primeiros a chegar a território brasileiro. Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem tanto destaque, como Lobo Solitário pela Editora Cedibra, Akira pela Editora Globo, Crying Freeman, pela Editora Sampa e A Lenda de Kamui e Mai - Garota Sensitiva pela Editora Abril. Porém, a publicação de vários títulos foi interrompida na metade e o público brasileiro ficou carente de mangás por vários anos.

A popularidade do estilo japonês de desenhar é marcante no Brasil, também pela grande quantidade de japoneses e descendentes residentes no país e existe pelo menos uma revista nacional no estilo mangá que conseguiu relativo sucesso; a revista Holy Avenger. Além de Holy Avenger temos também outras publicações bastante conhecidas pelos fãs de mangá, como Ethora, Combo Rangers e a antiga revista de fanzines Tsunami. Atualmente o mercado brasileiro de histórias em quadrinhos feitas no estilo mangá, tirando algumas exceções, como as citadas acima, se baseia grandemente em fanzines.

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